A ofensiva militar Israelita no sul do Líbano poderá terminar brevemente.
A resolução aprovada pelo Conselho de Segurança vem determinar o cessar fogo imediato por parte do exército israelita e da milícia xiita libanesa, Hezbollah. As intensas movimentações diplomáticas fizeram sentir-se em vários pontos do mundo. De entre os membros do Conselho de Segurança da ONU, França e Estados Unidos eram os estados que apresentavam as propostas mais divergentes.
O Hezbollah já aceitou o cessar-fogo imposto pela resolução 1701, enquanto Israel ainda não tomou uma posição concreta sobre o pedido do Conselho de Segurança.
É certo que este ataque pretendeu desmembrar e destruir as infra-estruturas do Hezbollah que controla a região sul do Líbano desde a desocupação Israelita em 2000, sendo uma resposta clara aos ataques de 12 de Julho a Israel. No entanto, a dimensão deste conflito pode ser mais ampla. As agências de segurança acreditam que o Hezbollah é financiado, suportado e apoiado pela Síria e o Irão.
O Líbano pode muito bem ser o tabuleiro de um desafio disputado entre quatro países. De um lado, os Estados Unidos e Israel na luta contra o terrorismo e na garantia da segurança do estado judaíco. Do outro, o Irão e a Síria na sua cerrada luta contra o sionismo e o "imperialismo norte-americano".
A questão do armamento nuclear no Irão preocupa seriamente os israelitas e os americanos, tendo o presidente iraniano declarado várias vezes que Israel deveria ser "apagado do mapa". Síria e Irão estão incluídos no denominado eixo do mal. Portanto, representam desde o 11 de Setembro, o inimigo do mundo ocidental que patrocina o terrorismo. Nestes termos, uma incursão militar no Irão seria justificada.
Seria certamente um dos maiores desafios militares da história que envolveria o confronto directo entre estados dotados de capacidade ofensiva nuclear e seria um factor de instabilidade mundial talvez superior ao clima vivido após o 11 de Setembro
Sem comentários:
Enviar um comentário